Nossos talentos
Quais são os nossos talentos? Esta pergunta é algo que vale a pena fazermos para nós mesmos.
Há quem diga que não os tem, que não consiga fazer nada direito, que não tem nada para oferecer de bom.
Há  outros que imaginam que talento é algo para pessoas especiais,  predestinadas. Que são poucos aqueles que efetivamente têm algum.
Se analisarmos mais detidamente, conseguiremos perceber que todos nós, de alguma forma, temos talentos.
Alguns  têm inteligência privilegiada e, logo mostram seu talento na capacidade  pensante, nos raciocínios lógicos, nas deduções brilhantes.
Outros  são talentosos no trato com as pessoas. Conseguem travar conversa  agradável com quem quer que seja, apresentam sempre uma palavra amiga,  um comentário feliz.
Há  outros que têm talento inegável na profissão que escolhem. Realizam-na  com prazer e dedicação, produzem com esmero e qualidade, oferecendo  sempre o melhor, o inusitado, o surpreendente.
Mesmo em situações que muitos não dão a importância devida, há muito talento se expressando.
A  dona de casa, embora muitas vezes sem reconhecimento, é quem, com muito  talento, administra o orçamento, planeja o cardápio, gerencia o asseio  do lar. Isso, sem talento, seria sempre tarefa incompleta ou mal  feita...
Dispomos de potencialidades, capacidades que podemos utilizar como instrumentos de contribuição para a sociedade em que vivemos.
Quantas  histórias não escutamos sobre maestros, músicos, artistas que  multiplicam seu talento em atividades sociais, comunitárias, ensinando a  crianças e jovens as belezas de sua arte.
Quantos  não são os professores que, talentosos, sabem honrar seu ofício, indo  além do dever profissional que lhes cabe, sendo mestres a conduzir  mentes, a construir cidadãos, a forjar positivamente caracteres.
Há,  e não são poucos, executivos talentosos que, amealhando grandes somas  graças à sua inegável capacidade de negócios, utilizam seu dinheiro para  fazer o bem, produzir o bom e o belo, conscientes de que de nada  valeria guardar em frios cofres o resultado monetário dessa sua  potencialidade.
Não importa em que ou quanto somos bons, quais os nossos talentos.
Sempre haverá a possibilidade de multiplicá-los, de fazê-los crescer e produzir frutos em benefício de tantos.
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Assim, ao percebermos os talentos de que dispomos, aproveitemo-los para que possam beneficiar o meio em que estivermos.
Madre  Tereza de Calcutá usou do seu talento de amar ao próximo para modificar  as paisagens do planeta. Albert Einstein não poupou seu talento para  que a Ciência ganhasse novos horizontes.
Porém,  se ainda não conseguimos acessar capacidades dessa magnitude, façamos  aquilo que já nos cabe. Talvez não modifiquemos a história do mundo, nem  consigamos deixar nosso nome marcado nos compêndios da ciência ou da  arte.
Mas  valerá a pena se, com nosso talento, pudermos contribuir para que uma  vida se faça melhor, que o dia de alguém se torne mais suave, ou que a  estrada de algum outro possa ter, ao menos, uma flor a mais plantada,  adornando o seu caminhar.
Redação do Momento Espírita. 
Em 04.04.2012.
 
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